sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Apolo (ou Febo) - Segunda Parte


Durante o Exílio, o filho de Latona cantava e tocava lira, Pã, com sua flauta, ousou rivalizar com ele diante de Midas, rei da Frígia, designado como árbitro.
Midas, amigo de Pã, pronunciou-se em seu favor; então Apolo, para castigá-lo de tão estúpido julgamento, fez-lhe crescer-lhe as orelhas de asno.

Apolo Musagetes (líder das Musas)

O Sátiro Marsias, outro tocador de flauta, tendo querido competir com Apolo, sob a condição que o vencido entregar-se-ia discricionalmente ao vencedor, foi batido pelo deus, que o fez esfolar vivo. Um dia Mercúrio lhe furta o rebanho e Apolo passa o serviço de Admeto par ao de Laomedonte, filho de Ilo e pai de Príamo. Apolo ajudou Netuno a construir as muralhas de Tróia, e não tendo recebido de Laomedonte nenhum salário, puniu essa ingratidão castigando o povo com uma peste que causou imensos estragos. Apolo ainda errou algum tempo na terra; amou Dafne, filha do rio Peneu, que, esquivando-se ao seu amor, foi metamorfoseada; também amou Clítia, que se vendo abandonada por sua irmã Leucotoe, consumiu-se de dor e transformou-se me heliotrópio; e finalmente Cimene, que de Apolo teve muitos filhos, desde os quais o mais célebre é Faetonte.


Efígie de Apolo em moeda de ouro cunhada por Filipe 
II da Macedônia

Jacinto, filho de Amiclos e Diomeda, foi também amado por Apolo. Zéfiro, que outros dizem Bóreas, que igualmente o amava, indignado da preferência que o jovem dava ao deus das Musas, quis vingar-se. um dia em que Apolo e Jacinto brincavam juntos, esse vento (Zéfiro) soprou com violência, desviou o disco que Apolo atirava, e o dirigiu contra Jacinto, atingindo-o na fronte e prostrando-o morto.
O deus tentou todos os recursos de sua arte para tentar fazer voltar a si o jovem tão ternamente amado: esforços e cuidados vãos. Então transformou-se em uma flor, o jacinto, sobre cujas folhas inscreveu as duas primeiras letras de seu nome, 'ai', 'ai', que em grego (como também em português) são em mesmo tempo a expressão da dor.


Apolo com a coroa de raios e a auréola, mosaico romano

Zeus enfim deixou-se abrandar, restabeleceu Apolo e em todos os direitos da divindade, restituiu-lhe todos os seus atributos, e o encarregou de espalhar a luz no Universo.
Como sua irmã, Ártemis, teve diferentes nomes: ao céu chamavam-no de Febo, da palavra grega 'foibos' (luz e vida), porque conduzia o carro do Sol; na terra e nos infernos, o seu nome era Apolo. Muitas vezes ele é designado por sobrenomes que lembram ora os seus tempos privilegiados, ora as suas façanhas, ora os seus atrativos físicos, ora mesmo o lugar de seu nascimento.

Referências
Mitologia Grega e Romana - P. Commelin

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